Na condução
Na condução
Sentado na condução eu vejo a vida passando, tudo tão rápido tão frenético...
Lá fora vejo pessoas, paisagens, porém não há uma interação de verdade.
Minha realidade tão surreal demonstra então o que é o real,
Eu vejo a realidade da janela do ônibus,
Eu a vejo, mas, não posso tocá-la...
Na condução você para e pensa um pouco mais, mas, pensa e para também...
Pessoas entram e saem, umas sentam outras ficam de pé, eu até faço uma correlação com a vida, pois, nela também entram e saem pessoas, umas sentam são aquelas de suma importância outras ficam de pé são somente aquelas que temos que conviver...
E nesse vai e vem eu vejo o motorista ao volante, atenção constante, só parando um instante,
O cobrador em seu canto contando o troco e pensando um pouco...
Tudo no mundo virará poesia um dia na mente do poeta, pois tudo é simplesmente Sofia na mente daquele que um dia encontrou a poesia...
Eu continuarei minha viajem contemplando a realidade de minha cidade de uma forma diferente dos outros viajantes, perdido em todas as nuances pedantes...
Meu olhar é incomum e discrepa de todo o senso comum...
Por Alejandro Drummond (30/04/2013)