Prosa poética / Sem volta
Sem volta
Ah! Como a vida é engraçada, um dia nós estamos felizes e no outro estamos tristes. O amor segue a mesma estrada...
Lembro-me de quando eu sofria por um amor ingrato, inglório, Utópico... Sofri muito, e foi isso que me fez crescer em meio a tanta dor, tudo que aprendi sofrendo valeu... Como valeu!
Adquiri eu tanta experiência que posso até dar aula no assunto... Porém, o mais interessante de tudo que vivi, foi quando eu posterguei àquele amor venéfico, quando eu não quis mais saber da pessoa que tanto e tanto me machucou... Cansei de sofrer...
Isso não é amor...
Então acordei e olhei ao meu redor e descobrir que existiam pessoas que me amavam de verdade...
Acabou!
Quando ela viu que eu não iria voltar mais, quis então procurar-me, eu a evitei, mas ela persistia, eu já não queria mais àquela que tanto mal me fizera.
Ela chorou então, e disse que me amava, o que sentia não era uma ínfima quimera, mas eu a conhecia bem, eu sabia que ela jamais me amaria decerto, quiçá eu era um prêmio para ela e disso eu sempre desconfiara.
Então eu disse não! Fui categórico, fui pragmático...
Então ela foi-se, e eu a vi partir, confesso que lá no fundo eu sofri ao vê-la tão soturna, mas isso tudo foi profícuo para nós...
Hoje eu recordo o dia que ela de joelhos implorava o meu amor e o meu perdão, eu dizendo a ela que acabou que já não havia mais volta para nós dois...
Por Leandro Yossef (13/3/2013)